23° DOMINGO APÓS PENTECOSTES - CRIANÇAS
Lucas
18.9-17
A Graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (2 Co 13.13)
Queridos irmãos em Cristo Jesus, semanas atrás comemoramos o dia da criança. Um momento especial em que alguns festejam, e outros param para relembrar essa fase tão especial da vida. Arrisco-me a dizer que, se eu fosse perguntar qual a melhor faze da vida de vocês, a maioria – senão todos – me responderia ser a fase infantil. Dias sem grandes responsabilidades, dias sem preocupações, dias em que não nos preocupávamos com o amanhã. Talvez também se, por outro lado, eu pedisse aos pais para que me apontassem a melhor faze que tiveram ou que estão tendo com seus filhos, boa parte também me diria ser enquanto crianças. Sempre perto, sempre ao alcance dos cuidados do pai e da mãe. Não foram poucas as vezes que ouvi mamãe dizer aos meus irmãos e a mim: “– Como era bom quando vocês eram pequenos! Os três ficavam sempre ao nosso redor. Mas, depois de crescidos, cada um vai para um lado e aí não tem jeito de cuidar mais.”
No entanto, alguns poderiam me perguntar: – Beleza! O dia da criança já passou, estamos já terminando outubro. E daí? Por que falar de crianças neste dia?
Hoje, o texto do evangelho, relata um acontecimento muito interessante da vida de Jesus – Jesus, o Salvador, tem um encontro com algumas crianças. Lucas fez questão de relatar essa ocorrência tão bonita da vida de Jesus. No episódio, enquanto os discípulos não queriam deixar os pais trazerem seus filhos até Jesus, Ele diz: – “Deixem que as crianças venham até mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como essas crianças.”
Estimados ouvintes, são dois os textos fazem parte da leitura do evangelho de hoje. Um deles é esse sobre o encontro de Jesus com as crianças, que mencionei, e o outro é uma parábola contada por Jesus sobre um fariseu e um cobrador de impostos. Para compreendermos melhor o ensinamento de Lucas, é necessário que demos atenção a ambos os textos.
Na parábola, Jesus continua a ensinar seus ouvintes a respeito da oração, mas aponta para um detalhe especial da pessoa que ora ou do coração que realmente está voltado a Deus. Jesus conta que dois homens foram até o Templo para orar – um era fariseu (visto como um grande religioso na época) e o outro cobrador de impostos (visto com um grande ladrão na época). Continuando a parábola, Jesus ainda menciona o conteúdo da oração dos dois homens.
O fariseu, em sua oração, não apenas se vangloriou de si mesmo, não apenas gabou-se de seus grandiosos feitos, mas ainda olhou para o lado e agradeceu por não ser igual ao cobrador de impostos (Ler v.11). Se analisarmos ao fundo, o fariseu na verdade está orando para si mesmo, seu coração está voltado para suas ações – que ele considera ser de um “verdadeiro cristão” – e não para Deus. Diferente do fariseu, o cobrador de impostos não se aproxima nem tem coragem de levantar o seu rosto para o céu ao orar. Ele sabe de sua miserável condição e por isso apenas pede misericórdia, clama pela misericórdia de Deus.
Esses são dois exemplos diferentes de orações, exemplos que nos fazem compreender o que Jesus queria ensinar aos seus ouvintes e a nós. Achar que estava garantindo seu pedacinho do céu por frequentar o Templo, por cumprir regras e ofertar 10% dos bens à igreja é a mais terrível e triste descrença vivida pelo fariseu do nosso texto. Olhar para si como diferente e melhor que outro, é exatamente o contrário do que a Bíblia diz sobre a essência do ser humano. Jesus conclui seu ensinamento dizendo que aquele que foi justificado, que voltou para casa em paz com Deus, é o miserável cobrador de impostos e não o fariseu com sua farsa vida religiosa.
Meus amigos, com essa parábola Cristo mostra que verdadeiro perdão e verdadeira paz Deus só recebe aquele que realmente reconhece sua situação de pobre e miserável pecador, verdadeiro perdão e verdadeira paz de Deus só recebe aquele olha para dentro de si e percebe que necessita da misericórdia de Deus.
Nosso texto não termina por aí, e na segunda parte lida hoje, Lucas nos informa de outro grande ensinamento de Jesus, ensinamento que complementa o sentido da parábola.
Assim como os outros evangelistas, nesse relato Lucas nos mostra Jesus cercado por pessoas. O que na verdade é ou era o normal. Afinal, quem não quer ouvir Deus? Afinal, quem não quer estar ao lado de Deus? No relato, os pais ou talvez outras pessoas (não importa quem) queriam levar as crianças até Jesus para que Ele as abençoasse, mas os discípulos reprendiam essas pessoas. O por que dos discípulos repreenderem essas pessoas? Não se sabe ao certo. Mas, o mais importante é o que segue. São as palavras de Jesus. Jesus diz: (Ler v.16 e 17).
“Ser como aquelas crianças.” O que será que Jesus quer dizer com isso?
Meus amigos, assim como no português, na língua original em que foi escrita a Bíblia existem diferentes palavras para definir as “fases da vida de uma pessoa”. No português definimos a pessoa: ainda na barriga da mãe – como embrião, feto; e depois de nascido – bebê, criança, adolescente, jovem e adulto. Na língua original em que foi escrito esse relato, Lucas relata Jesus ter utilizado uma palavra que na época era designado à crianças de até sete anos de idade. Ou seja, crianças pequenas e outras nem tão pequeninas.
Alguns poderiam perguntar: – E daí? O que isso significa?
Continuarei meu raciocínio. Existe uma ideia, tese ou crença, de que não se precisa batizar crianças, visto que toda criança é pura, não demonstra ações pecaminosas e por isso é livre do pecado. Sendo pura, sem pecado, creem que só precisa ser batizada quando se chega a fase de adolescência ou fase adulta. Para comprovar essa tese, alguns até utilizam texto de Lucas que estamos vendo hoje.
Tenho plena convicção em afirmar que essa é uma visão completamente contrária e distorcida do que realmente nos diz a palavra de Deus. Convido-os a um dia observarem duas crianças que não se conhecem direito brincarem juntas pela primeira vez. “Esses dias, papai e mamãe levaram meu sobrinho de cinco anos de idade para brincar com o filho de minha prima de dois anos de idade. Como os dois não tinham uma grande intimidade ainda, um pegou sua bola de baixo do braço e ficou segurando, o outro pegou seus carrinhos debaixo do braço e ficou segundo, nem um nem outro queria dividir o que tinha.” Um acontecimento até engraçado de imaginar, mas que revela a grande verdade de que o pecado também habita no coraçãozinho das crianças.
“A criança tem inveja, a criança não quer repartir com a outro, a criança sente ciúme”, isso são más ações vindas de um coração que habita o pecado. A inveja, a ganância, o ciúme são más ações vindas de um coração pecaminoso que está presente no bebê de colo, na criança, no adolescente, nos jovens e nos adultos. As crianças menores não são mais santas ou menos pecadoras que os adultos, elas apenas não expõem seus atos pecaminosos com tanta frequência, como os adultos o fazem. Por isso, meus amados irmãos, quando Jesus diz que o Reino de Deus é para as pessoas que são como “essas crianças”, Ele de maneira nenhuma está enfatizando uma falsa vida santinha aos olhos dos outros – igual a do fariseu da parábola. Na medida em que o ser humano fecha os olhos para si mesmo, ele passa a acreditar, assim como o fariseu da parábola, que é melhor que os outros, passa a acreditar que por fazer isso ou aquilo está garantindo seu lugar no céu, passa a acreditar que Deus tem de lhe abençoar e castigar os outros. Essa atitude é condenada por Jesus e, por isso, aponta para outra direção.
Queridos ouvintes, quando Jesus diz que o Reino de Deus é para as pessoas que são como “essas crianças”, também “quem não receber o Reino de Deus como uma criança” Jesus, na verdade, está apontando para a grande dependência que uma criança até sete anos tem de seus pais na vida. Uma criança depende de seus pais para aprender, depende de seus pais para se alimentar, se limpar, se vestir, enfim, depende dos pais para sobreviver. E é aqui que está firmada, sem nenhuma dúvida, a comparação de Jesus em “ser como essas crianças”.
O ser como uma criança é saber que se não fosse pela misericórdia de Deus não teríamos acordados nesta manhã. Ser como uma criança é saber que, se temos comida para comer ou roupa para vestir é porque pela sua misericórdia Deus nos dá o pão de cada dia. Ser como uma criança é saber que se não fosse pela misericórdia de Deus, estaríamos condenados ao inferno já no ventre de nossa mãe. Ser criança é a cada dia, como o cobrador de impostos, clamar pela misericórdia de Deus, sem a qual não existiríamos sem a qual não teríamos esperança, sem a qual não seríamos salvos.
Em suma, Jesus com suas palavras Jesus ensina aos seus ouvintes que somente aquele que vir a reconhecer a verdadeira dependência que tem do Deus Pai é que um dia poderá entrar no Reino de Deus.
Talvez para alguns seja meio ruim ser comparado como uma criança. Mas aponto para alguns detalhes que nos fazem refletir sobre o ser criança. Quando sente fome, a criança corre para que seu Pai a alimente (Sacramentos). Quando sente dor, a criança vai até o Pai para receber o remédio. Quando a criança chora, o Pai está de braços abertos para consolá-la. A criança sabe que por maior que forem os problemas da vida, é no colo do Pai que ela sempre encontrará um refúgio e proteção. Nós sabemos que é em Deus que sempre encontramos o essencial para nosso viver neste mundo: “o perdão dos pecados”.
Hoje, Deus usou uma de suas crianças para falar com suas outras crianças. Vocês são crianças do Reino de Deus. Crianças que ele cuida, alimenta, conforta, consola. Crianças que um dia viverão ao lado do Pai, o Papai do Céu, o Deus que tem misericórdia do pecador. Amém
A paz de Deus que excede o nosso humano entendimento, guarde nosso coração e nossa mente em Cristo Jesus, para a vida eterna. Amém
Aluno: Raul Saulo Pagung, sexto ano teológico, Seminário Concórdia.
A Graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (2 Co 13.13)
Queridos irmãos em Cristo Jesus, semanas atrás comemoramos o dia da criança. Um momento especial em que alguns festejam, e outros param para relembrar essa fase tão especial da vida. Arrisco-me a dizer que, se eu fosse perguntar qual a melhor faze da vida de vocês, a maioria – senão todos – me responderia ser a fase infantil. Dias sem grandes responsabilidades, dias sem preocupações, dias em que não nos preocupávamos com o amanhã. Talvez também se, por outro lado, eu pedisse aos pais para que me apontassem a melhor faze que tiveram ou que estão tendo com seus filhos, boa parte também me diria ser enquanto crianças. Sempre perto, sempre ao alcance dos cuidados do pai e da mãe. Não foram poucas as vezes que ouvi mamãe dizer aos meus irmãos e a mim: “– Como era bom quando vocês eram pequenos! Os três ficavam sempre ao nosso redor. Mas, depois de crescidos, cada um vai para um lado e aí não tem jeito de cuidar mais.”
No entanto, alguns poderiam me perguntar: – Beleza! O dia da criança já passou, estamos já terminando outubro. E daí? Por que falar de crianças neste dia?
Hoje, o texto do evangelho, relata um acontecimento muito interessante da vida de Jesus – Jesus, o Salvador, tem um encontro com algumas crianças. Lucas fez questão de relatar essa ocorrência tão bonita da vida de Jesus. No episódio, enquanto os discípulos não queriam deixar os pais trazerem seus filhos até Jesus, Ele diz: – “Deixem que as crianças venham até mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como essas crianças.”
Estimados ouvintes, são dois os textos fazem parte da leitura do evangelho de hoje. Um deles é esse sobre o encontro de Jesus com as crianças, que mencionei, e o outro é uma parábola contada por Jesus sobre um fariseu e um cobrador de impostos. Para compreendermos melhor o ensinamento de Lucas, é necessário que demos atenção a ambos os textos.
Na parábola, Jesus continua a ensinar seus ouvintes a respeito da oração, mas aponta para um detalhe especial da pessoa que ora ou do coração que realmente está voltado a Deus. Jesus conta que dois homens foram até o Templo para orar – um era fariseu (visto como um grande religioso na época) e o outro cobrador de impostos (visto com um grande ladrão na época). Continuando a parábola, Jesus ainda menciona o conteúdo da oração dos dois homens.
O fariseu, em sua oração, não apenas se vangloriou de si mesmo, não apenas gabou-se de seus grandiosos feitos, mas ainda olhou para o lado e agradeceu por não ser igual ao cobrador de impostos (Ler v.11). Se analisarmos ao fundo, o fariseu na verdade está orando para si mesmo, seu coração está voltado para suas ações – que ele considera ser de um “verdadeiro cristão” – e não para Deus. Diferente do fariseu, o cobrador de impostos não se aproxima nem tem coragem de levantar o seu rosto para o céu ao orar. Ele sabe de sua miserável condição e por isso apenas pede misericórdia, clama pela misericórdia de Deus.
Esses são dois exemplos diferentes de orações, exemplos que nos fazem compreender o que Jesus queria ensinar aos seus ouvintes e a nós. Achar que estava garantindo seu pedacinho do céu por frequentar o Templo, por cumprir regras e ofertar 10% dos bens à igreja é a mais terrível e triste descrença vivida pelo fariseu do nosso texto. Olhar para si como diferente e melhor que outro, é exatamente o contrário do que a Bíblia diz sobre a essência do ser humano. Jesus conclui seu ensinamento dizendo que aquele que foi justificado, que voltou para casa em paz com Deus, é o miserável cobrador de impostos e não o fariseu com sua farsa vida religiosa.
Meus amigos, com essa parábola Cristo mostra que verdadeiro perdão e verdadeira paz Deus só recebe aquele que realmente reconhece sua situação de pobre e miserável pecador, verdadeiro perdão e verdadeira paz de Deus só recebe aquele olha para dentro de si e percebe que necessita da misericórdia de Deus.
Nosso texto não termina por aí, e na segunda parte lida hoje, Lucas nos informa de outro grande ensinamento de Jesus, ensinamento que complementa o sentido da parábola.
Assim como os outros evangelistas, nesse relato Lucas nos mostra Jesus cercado por pessoas. O que na verdade é ou era o normal. Afinal, quem não quer ouvir Deus? Afinal, quem não quer estar ao lado de Deus? No relato, os pais ou talvez outras pessoas (não importa quem) queriam levar as crianças até Jesus para que Ele as abençoasse, mas os discípulos reprendiam essas pessoas. O por que dos discípulos repreenderem essas pessoas? Não se sabe ao certo. Mas, o mais importante é o que segue. São as palavras de Jesus. Jesus diz: (Ler v.16 e 17).
“Ser como aquelas crianças.” O que será que Jesus quer dizer com isso?
Meus amigos, assim como no português, na língua original em que foi escrita a Bíblia existem diferentes palavras para definir as “fases da vida de uma pessoa”. No português definimos a pessoa: ainda na barriga da mãe – como embrião, feto; e depois de nascido – bebê, criança, adolescente, jovem e adulto. Na língua original em que foi escrito esse relato, Lucas relata Jesus ter utilizado uma palavra que na época era designado à crianças de até sete anos de idade. Ou seja, crianças pequenas e outras nem tão pequeninas.
Alguns poderiam perguntar: – E daí? O que isso significa?
Continuarei meu raciocínio. Existe uma ideia, tese ou crença, de que não se precisa batizar crianças, visto que toda criança é pura, não demonstra ações pecaminosas e por isso é livre do pecado. Sendo pura, sem pecado, creem que só precisa ser batizada quando se chega a fase de adolescência ou fase adulta. Para comprovar essa tese, alguns até utilizam texto de Lucas que estamos vendo hoje.
Tenho plena convicção em afirmar que essa é uma visão completamente contrária e distorcida do que realmente nos diz a palavra de Deus. Convido-os a um dia observarem duas crianças que não se conhecem direito brincarem juntas pela primeira vez. “Esses dias, papai e mamãe levaram meu sobrinho de cinco anos de idade para brincar com o filho de minha prima de dois anos de idade. Como os dois não tinham uma grande intimidade ainda, um pegou sua bola de baixo do braço e ficou segurando, o outro pegou seus carrinhos debaixo do braço e ficou segundo, nem um nem outro queria dividir o que tinha.” Um acontecimento até engraçado de imaginar, mas que revela a grande verdade de que o pecado também habita no coraçãozinho das crianças.
“A criança tem inveja, a criança não quer repartir com a outro, a criança sente ciúme”, isso são más ações vindas de um coração que habita o pecado. A inveja, a ganância, o ciúme são más ações vindas de um coração pecaminoso que está presente no bebê de colo, na criança, no adolescente, nos jovens e nos adultos. As crianças menores não são mais santas ou menos pecadoras que os adultos, elas apenas não expõem seus atos pecaminosos com tanta frequência, como os adultos o fazem. Por isso, meus amados irmãos, quando Jesus diz que o Reino de Deus é para as pessoas que são como “essas crianças”, Ele de maneira nenhuma está enfatizando uma falsa vida santinha aos olhos dos outros – igual a do fariseu da parábola. Na medida em que o ser humano fecha os olhos para si mesmo, ele passa a acreditar, assim como o fariseu da parábola, que é melhor que os outros, passa a acreditar que por fazer isso ou aquilo está garantindo seu lugar no céu, passa a acreditar que Deus tem de lhe abençoar e castigar os outros. Essa atitude é condenada por Jesus e, por isso, aponta para outra direção.
Queridos ouvintes, quando Jesus diz que o Reino de Deus é para as pessoas que são como “essas crianças”, também “quem não receber o Reino de Deus como uma criança” Jesus, na verdade, está apontando para a grande dependência que uma criança até sete anos tem de seus pais na vida. Uma criança depende de seus pais para aprender, depende de seus pais para se alimentar, se limpar, se vestir, enfim, depende dos pais para sobreviver. E é aqui que está firmada, sem nenhuma dúvida, a comparação de Jesus em “ser como essas crianças”.
O ser como uma criança é saber que se não fosse pela misericórdia de Deus não teríamos acordados nesta manhã. Ser como uma criança é saber que, se temos comida para comer ou roupa para vestir é porque pela sua misericórdia Deus nos dá o pão de cada dia. Ser como uma criança é saber que se não fosse pela misericórdia de Deus, estaríamos condenados ao inferno já no ventre de nossa mãe. Ser criança é a cada dia, como o cobrador de impostos, clamar pela misericórdia de Deus, sem a qual não existiríamos sem a qual não teríamos esperança, sem a qual não seríamos salvos.
Em suma, Jesus com suas palavras Jesus ensina aos seus ouvintes que somente aquele que vir a reconhecer a verdadeira dependência que tem do Deus Pai é que um dia poderá entrar no Reino de Deus.
Talvez para alguns seja meio ruim ser comparado como uma criança. Mas aponto para alguns detalhes que nos fazem refletir sobre o ser criança. Quando sente fome, a criança corre para que seu Pai a alimente (Sacramentos). Quando sente dor, a criança vai até o Pai para receber o remédio. Quando a criança chora, o Pai está de braços abertos para consolá-la. A criança sabe que por maior que forem os problemas da vida, é no colo do Pai que ela sempre encontrará um refúgio e proteção. Nós sabemos que é em Deus que sempre encontramos o essencial para nosso viver neste mundo: “o perdão dos pecados”.
Hoje, Deus usou uma de suas crianças para falar com suas outras crianças. Vocês são crianças do Reino de Deus. Crianças que ele cuida, alimenta, conforta, consola. Crianças que um dia viverão ao lado do Pai, o Papai do Céu, o Deus que tem misericórdia do pecador. Amém
A paz de Deus que excede o nosso humano entendimento, guarde nosso coração e nossa mente em Cristo Jesus, para a vida eterna. Amém
Aluno: Raul Saulo Pagung, sexto ano teológico, Seminário Concórdia.