Sermão - Lucas 13.1-9
Estimados irmãos: que a Graça e a Paz de Cristo estejam conosco para o partilhar da Sua Santa Palavra, Amém!
Meus amados: no dia 27 de março de 2014, o torcedor gremista ficou espantado. Uma jovem de 23 anos, cujo nome é Patrícia Moreira, foi flagrada pelas câmeras cometendo um ato racista contra o goleiro do time adversário. O nome do jogador é Mário Lúcio Duarte, tendo como apelido: Aranha. Com isso, a moça foi processada e exposta pela mídia. A jovem foi perseguida por movimentos sociais a favor do jogador; teve o seu emprego perdido e a sua casa invadida por vândalos. A menina passou por um julgamento, tanto ela teve o seu erro apontado e exposto pela mídia. Como que dizendo: vejam! Aí está uma pecadora, cujo pecado a condena sem remissão.
Com isto em mente, vamos olhar para o texto recém lido. Nele vemos o seguinte episódio: “naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Em outras palavras: este castigo aconteceu porque eles eram grandes pecadores. E a reação de Jesus: “pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.” Jesus aponta para a realidade como Deus a vê: todos são igualmente pecadores.
Meus irmãos: a natureza humana é inclinada para o julgamento, ainda mais: o homem gosta de eleger o erro que mais gera pecado, com isso, ele consegue se elevar acima dos outros. Com tal atitude, o ser humano não olha para os seus próprios pecados. Mas o homem é um ser decaído, ele merece a ira de Deus, ninguém tem algum direito diante do Senhor. O caso da jovem: ela errou, sim, ela errou; ela não respeitou; sim, ela não respeitou; ela foi julgada, sim, ela foi julgada; mas o seu julgamento ocorreu por meio das leis humanas. A justiça humana é precária, mergulhada em erros, pois só o Criador é capaz de julgar a menina. Da justiça humana não brota o arrependimento e nem o perdão. O julgamento humano é apenas capaz de tapar os pecados dos julgadores, e apontar, com intensidade, o pecado do acusado.
Cristo é o único juiz, tanto que ele veio ao mundo para trazer a misericórdia do Pai. Cristo acolhe a natureza endividada do ser humano, apresentando-lhe o infinito perdão do Criador. O Senhor sabe que somos igualmente falhos; erramos continuamente; mas ele, em sua infinita misericórdia, nos olha com carinho e ternura, possibilitando-nos um novo recomeço ao seu lado. O olhar de Jesus é totalmente diferente da lógica humana: enquanto que o ser humano quer julgar e condenar, Cristo quer perdoar e apresentar a santa palavra do Criador. Tanto que não são os galileus o sinal da ira de Deus, não são eles, mas é o amado Cristo; porque ele teve que carregar a maldição da humanidade pecadora. A verdadeira justiça brota do sacrifício de Jesus Cristo, ou seja, o verdadeiro julgamento e arrependimento estão somente nele.
Deus é justo, santo e misericordioso, também é um Senhor paciencioso, pois ele prorroga o nosso tempo, por meio de Jesus Cristo, o Criador oferece uma nova oportunidade para a sua criatura. O arrependimento humano é insuficiente para o perdão, mas em Cristo o perdão de Deus é para todos. Cristo revelou a pecaminosidade, porque ele é o salvador. Ele quer que descarreguemos as nossas culpas, elas não precisam ficar trancadas em nós. Porque Deus promete cuidar de cada um de nós, na medida em que nos entregamos. O homem não precisa esconder o seu pecado, mas simplesmente entregá-lo para Deus. Com isso, Cristo concede uma nova obediência diante da graça e da misericórdia de Deus. Tudo acontece por meio do perdão, o homem passa a viver do perdão em Cristo.
Portanto, queridos irmãos, como é bom sermos convidados para o arrependimento; como é bom estarmos diante do verdadeiro juiz: Cristo. Pois ele nos oferece a verdadeira vida e salvação, pois o Senhor nos oferece tempo para o nosso arrependimento. É por meio da fé em Cristo que o ser humano reconhece a sua necessidade da misericórdia do Criador. Que assim seja, Amém!
Estudante: Artur Charczuk, Quarto Ano Teológico do Seminário Concórdia, em mensagem proferida no devocional do dia 12 de março de 2015.
Meus amados: no dia 27 de março de 2014, o torcedor gremista ficou espantado. Uma jovem de 23 anos, cujo nome é Patrícia Moreira, foi flagrada pelas câmeras cometendo um ato racista contra o goleiro do time adversário. O nome do jogador é Mário Lúcio Duarte, tendo como apelido: Aranha. Com isso, a moça foi processada e exposta pela mídia. A jovem foi perseguida por movimentos sociais a favor do jogador; teve o seu emprego perdido e a sua casa invadida por vândalos. A menina passou por um julgamento, tanto ela teve o seu erro apontado e exposto pela mídia. Como que dizendo: vejam! Aí está uma pecadora, cujo pecado a condena sem remissão.
Com isto em mente, vamos olhar para o texto recém lido. Nele vemos o seguinte episódio: “naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Em outras palavras: este castigo aconteceu porque eles eram grandes pecadores. E a reação de Jesus: “pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.” Jesus aponta para a realidade como Deus a vê: todos são igualmente pecadores.
Meus irmãos: a natureza humana é inclinada para o julgamento, ainda mais: o homem gosta de eleger o erro que mais gera pecado, com isso, ele consegue se elevar acima dos outros. Com tal atitude, o ser humano não olha para os seus próprios pecados. Mas o homem é um ser decaído, ele merece a ira de Deus, ninguém tem algum direito diante do Senhor. O caso da jovem: ela errou, sim, ela errou; ela não respeitou; sim, ela não respeitou; ela foi julgada, sim, ela foi julgada; mas o seu julgamento ocorreu por meio das leis humanas. A justiça humana é precária, mergulhada em erros, pois só o Criador é capaz de julgar a menina. Da justiça humana não brota o arrependimento e nem o perdão. O julgamento humano é apenas capaz de tapar os pecados dos julgadores, e apontar, com intensidade, o pecado do acusado.
Cristo é o único juiz, tanto que ele veio ao mundo para trazer a misericórdia do Pai. Cristo acolhe a natureza endividada do ser humano, apresentando-lhe o infinito perdão do Criador. O Senhor sabe que somos igualmente falhos; erramos continuamente; mas ele, em sua infinita misericórdia, nos olha com carinho e ternura, possibilitando-nos um novo recomeço ao seu lado. O olhar de Jesus é totalmente diferente da lógica humana: enquanto que o ser humano quer julgar e condenar, Cristo quer perdoar e apresentar a santa palavra do Criador. Tanto que não são os galileus o sinal da ira de Deus, não são eles, mas é o amado Cristo; porque ele teve que carregar a maldição da humanidade pecadora. A verdadeira justiça brota do sacrifício de Jesus Cristo, ou seja, o verdadeiro julgamento e arrependimento estão somente nele.
Deus é justo, santo e misericordioso, também é um Senhor paciencioso, pois ele prorroga o nosso tempo, por meio de Jesus Cristo, o Criador oferece uma nova oportunidade para a sua criatura. O arrependimento humano é insuficiente para o perdão, mas em Cristo o perdão de Deus é para todos. Cristo revelou a pecaminosidade, porque ele é o salvador. Ele quer que descarreguemos as nossas culpas, elas não precisam ficar trancadas em nós. Porque Deus promete cuidar de cada um de nós, na medida em que nos entregamos. O homem não precisa esconder o seu pecado, mas simplesmente entregá-lo para Deus. Com isso, Cristo concede uma nova obediência diante da graça e da misericórdia de Deus. Tudo acontece por meio do perdão, o homem passa a viver do perdão em Cristo.
Portanto, queridos irmãos, como é bom sermos convidados para o arrependimento; como é bom estarmos diante do verdadeiro juiz: Cristo. Pois ele nos oferece a verdadeira vida e salvação, pois o Senhor nos oferece tempo para o nosso arrependimento. É por meio da fé em Cristo que o ser humano reconhece a sua necessidade da misericórdia do Criador. Que assim seja, Amém!
Estudante: Artur Charczuk, Quarto Ano Teológico do Seminário Concórdia, em mensagem proferida no devocional do dia 12 de março de 2015.