Esperança - 1 Pedro 3.15
Em nome de Jesus, nosso Salvador, que nos enviou o Espírito Santo. Amém.
“... santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”.
Todos nós temos esperança por alguma coisa. Alguns de vocês aqui certamente têm a esperança de no próximo ano entrarem numa universidade. Outros têm a esperança de que as provas na escola não sejam tão complicadas e o professor coloque na prova exatamente aquilo que vocês estudaram (acho que meus alunos de Grego se enquadram neste grupo!). Talvez alguns daqui vieram para o encontrão com a esperança de encontrar uma namorada, um namorado!!! Todos temos esperança de que o futuro do nosso país seja melhor, que haja mais justiça e que as pessoas possam viver com saúde e paz.
Vocês notaram que aquilo que são nossas “esperanças” têm duas características principais: 1º – são coisas que estão no futuro, coisas que ainda não temos; 2º – esperamos, mas não temos certeza daquilo que estamos esperando – as coisas podem ser diferentes daquilo que é a nossa esperança.
Pois bem, é aí que as coisas ficam bem diferentes quando falamos da esperança de que fala o apóstolo Pedro na sua carta. Quero ler para vocês três passagens desta carta de Pedro a cristãos espalhados pela região do Mediterrâneo na metade do primeiro século da era cristã. E eu quero que vocês estejam atentos para a maneira como o apóstolo de Jesus fala de esperança:
1 Pe 1.3: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”.
1 Pe 1.13: “... esperem inteiramente na graça que lhes está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”.
1 Pe 1.21: “por meio de [Jesus], tenham fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a fé e esperança de vocês estejam em Deus”.
Vocês notaram que quando o Pedro nos fala sobre a esperança, há algumas características que aparecem de maneira muito enfática:
1: a esperança tem a ver sempre com Jesus;
2: esta esperança está firmada na ressurreição de Jesus;
3: a gente espera não por aquilo que nós possamos vir a fazer, mas baseados no que Deus já fez, e ainda fará por meio de Jesus, para o nosso bem.
Pedro estava escrevendo para cristãos que passavam por dificuldades. Havia perseguição, talvez não violenta, mas eles eram mal falados. Um escritor cristão do final do primeiro século, uns 30 anos depois que o Pedro escreveu, diz que os cristãos eram considerados inimigos da humanidade! Os pagãos diziam que os cristãos tinham ódio das pessoas em geral! Mas este mesmo escritor diz que muita gente da sociedade passou a ver os cristãos de outra maneira quando percebiam que eles viviam para o bem dos outros, ao ponto de, por exemplo, um cristão entregar-se voluntariamente para ser escravo, de modo a comprar a liberdade de uma outra pessoa, que estava escravizada.
O apóstolo também nos fala muito sobre o nosso procedimento num contexto em que a fé cristã é atacada, seja por violência, seja por preconceito – coisa que talvez alguns de vocês já sintam na pele, talvez na escola, na universidade, ou mesmo entre colegas de trabalho. Pedro insiste muito em que a gente viva uma vida correta, para que as pessoas não tenham motivo para falar mal de nossa fé. E, ele vai mais longe, se nós estivermos fazendo o bem e mesmo assim falarem mal de nós e da nossa fé, bem, isso apenas vai mostrar que a fé cristã perturba a quem ainda não a conhece de dentro.
Mas o Pedro também nos orienta a falar, a falar sobre a nossa fé; ou, como diz no texto que é a base deste Encontrão – falar da esperança que nós temos! Sim, a esperança é algo futuro, mas no caso da esperança que a fé nos dá, ela está baseada em algo que já aconteceu e que é a base mais firme para nós vivermos cada dia com esperança – a ressurreição de Jesus, sua vitória sobre os piores inimigos, a morte e o diabo!
Vocês tiveram oportunidade de ouvir ontem na palestra e nas oficinas orientações muito boas sobre a vida cristã num contexto que por vezes é hostil ou desconfiado. E viram que a resposta cristã não é criar uma “nova cruzada”, não é responder com violência ou desaforo os ataques que possamos vir a sofrer. Nossa resposta é o evangelho, a palavra do amor de Deus revelado em Jesus e que é para todo mundo. E nisto nós não estamos sozinhos. Como bem lembrou o professor Anselmo em sua palestra, desde nosso batismo, Jesus está conosco, vive conosco e guia nossa vida. E para isto ele nos enviou o seu Espírito Santo. Hoje, festa de Pentecostes, celebra a ação do Espírito Santo. Ele guia-nos na fé em Jesus, nos consola em nossas dores, nos faz lembra que não estamos sozinhos e nos dirige para que aquilo que aprendemos na palavra de Deus seja nossa confissão diante das pessoas.
Queridos amigos, especialmente me dirijo a vocês, jovens cristãos – lembrem sempre que vocês são muito amados, pela Igreja (e vocês mesmos são igreja!) e especialmente pelo Salvador Jesus. E nele vocês, queridos jovens, e todos nós temos uma esperança maravilhosa, que está construída sobre o fato de que o nosso Salvador está vivo e está conosco hoje e sempre. É uma esperança viva, como diz Pedro. É uma esperança que nos anima a viver cada dia com alegria. E quando alguém nos perguntar porque olhamos o futuro com esperança, então digamos, da maneira mais simples e tranquila. E então é deixar que o Espírito Santo, o Consolador, que Jesus enviou, faça o trabalho dele, de convencer pecadores de que a vida é muito boa de ser vivida, quando a gente tem a esperança em Jesus. Amém.
Prof. Ms. Gerson Luis Linden, em mensagem proferida no culto de encerramento do Encontrão 2015, realizado no dia 24 de maio de 2015, no auditório do Centro Educacional Concórdia, São Leopoldo -RS.
“... santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”.
Todos nós temos esperança por alguma coisa. Alguns de vocês aqui certamente têm a esperança de no próximo ano entrarem numa universidade. Outros têm a esperança de que as provas na escola não sejam tão complicadas e o professor coloque na prova exatamente aquilo que vocês estudaram (acho que meus alunos de Grego se enquadram neste grupo!). Talvez alguns daqui vieram para o encontrão com a esperança de encontrar uma namorada, um namorado!!! Todos temos esperança de que o futuro do nosso país seja melhor, que haja mais justiça e que as pessoas possam viver com saúde e paz.
Vocês notaram que aquilo que são nossas “esperanças” têm duas características principais: 1º – são coisas que estão no futuro, coisas que ainda não temos; 2º – esperamos, mas não temos certeza daquilo que estamos esperando – as coisas podem ser diferentes daquilo que é a nossa esperança.
Pois bem, é aí que as coisas ficam bem diferentes quando falamos da esperança de que fala o apóstolo Pedro na sua carta. Quero ler para vocês três passagens desta carta de Pedro a cristãos espalhados pela região do Mediterrâneo na metade do primeiro século da era cristã. E eu quero que vocês estejam atentos para a maneira como o apóstolo de Jesus fala de esperança:
1 Pe 1.3: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”.
1 Pe 1.13: “... esperem inteiramente na graça que lhes está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”.
1 Pe 1.21: “por meio de [Jesus], tenham fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a fé e esperança de vocês estejam em Deus”.
Vocês notaram que quando o Pedro nos fala sobre a esperança, há algumas características que aparecem de maneira muito enfática:
1: a esperança tem a ver sempre com Jesus;
2: esta esperança está firmada na ressurreição de Jesus;
3: a gente espera não por aquilo que nós possamos vir a fazer, mas baseados no que Deus já fez, e ainda fará por meio de Jesus, para o nosso bem.
Pedro estava escrevendo para cristãos que passavam por dificuldades. Havia perseguição, talvez não violenta, mas eles eram mal falados. Um escritor cristão do final do primeiro século, uns 30 anos depois que o Pedro escreveu, diz que os cristãos eram considerados inimigos da humanidade! Os pagãos diziam que os cristãos tinham ódio das pessoas em geral! Mas este mesmo escritor diz que muita gente da sociedade passou a ver os cristãos de outra maneira quando percebiam que eles viviam para o bem dos outros, ao ponto de, por exemplo, um cristão entregar-se voluntariamente para ser escravo, de modo a comprar a liberdade de uma outra pessoa, que estava escravizada.
O apóstolo também nos fala muito sobre o nosso procedimento num contexto em que a fé cristã é atacada, seja por violência, seja por preconceito – coisa que talvez alguns de vocês já sintam na pele, talvez na escola, na universidade, ou mesmo entre colegas de trabalho. Pedro insiste muito em que a gente viva uma vida correta, para que as pessoas não tenham motivo para falar mal de nossa fé. E, ele vai mais longe, se nós estivermos fazendo o bem e mesmo assim falarem mal de nós e da nossa fé, bem, isso apenas vai mostrar que a fé cristã perturba a quem ainda não a conhece de dentro.
Mas o Pedro também nos orienta a falar, a falar sobre a nossa fé; ou, como diz no texto que é a base deste Encontrão – falar da esperança que nós temos! Sim, a esperança é algo futuro, mas no caso da esperança que a fé nos dá, ela está baseada em algo que já aconteceu e que é a base mais firme para nós vivermos cada dia com esperança – a ressurreição de Jesus, sua vitória sobre os piores inimigos, a morte e o diabo!
Vocês tiveram oportunidade de ouvir ontem na palestra e nas oficinas orientações muito boas sobre a vida cristã num contexto que por vezes é hostil ou desconfiado. E viram que a resposta cristã não é criar uma “nova cruzada”, não é responder com violência ou desaforo os ataques que possamos vir a sofrer. Nossa resposta é o evangelho, a palavra do amor de Deus revelado em Jesus e que é para todo mundo. E nisto nós não estamos sozinhos. Como bem lembrou o professor Anselmo em sua palestra, desde nosso batismo, Jesus está conosco, vive conosco e guia nossa vida. E para isto ele nos enviou o seu Espírito Santo. Hoje, festa de Pentecostes, celebra a ação do Espírito Santo. Ele guia-nos na fé em Jesus, nos consola em nossas dores, nos faz lembra que não estamos sozinhos e nos dirige para que aquilo que aprendemos na palavra de Deus seja nossa confissão diante das pessoas.
Queridos amigos, especialmente me dirijo a vocês, jovens cristãos – lembrem sempre que vocês são muito amados, pela Igreja (e vocês mesmos são igreja!) e especialmente pelo Salvador Jesus. E nele vocês, queridos jovens, e todos nós temos uma esperança maravilhosa, que está construída sobre o fato de que o nosso Salvador está vivo e está conosco hoje e sempre. É uma esperança viva, como diz Pedro. É uma esperança que nos anima a viver cada dia com alegria. E quando alguém nos perguntar porque olhamos o futuro com esperança, então digamos, da maneira mais simples e tranquila. E então é deixar que o Espírito Santo, o Consolador, que Jesus enviou, faça o trabalho dele, de convencer pecadores de que a vida é muito boa de ser vivida, quando a gente tem a esperança em Jesus. Amém.
Prof. Ms. Gerson Luis Linden, em mensagem proferida no culto de encerramento do Encontrão 2015, realizado no dia 24 de maio de 2015, no auditório do Centro Educacional Concórdia, São Leopoldo -RS.