Sermão - João 6. 22-35
- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Falar de pão em um seminário onde estamos protegidos também da fome, talvez seja um pouco complexo. Os alunos estão sempre em busca de perder peso e vão jogar campão, correr na frente da BR ou tentar algumas dietas malucas que ninguém cumpre mais do que uma semana. Com certeza aqui dentro somos bons de garfo, é só passar no refeitório ao meio dia e todos verão o que eu estou falando.
Infelizmente há alguns lugares em que isso não acontece da mesma maneira. Na África por exemplo é comum ver lugares onde a sobrevivência de alguns povos depende de doações e mantimentos que são guardados por seguranças armados. Certa vez um brasileiro, que visitava um desses lugares perguntou: Porque uma arma tão forte para guardar comida? O segurança respondeu: O senhor não conhece o poder da fome.
Neste relato que João nos traz Jesus está diante de uma situação que envolve alimento. O texto que antecede este relato é o da multiplicação de pães e peixes em que Jesus alimenta uma grande multidão. Alguns que estavam naquele dia foram atrás de Jesus e por alguns dias procuraram por ele. O texto diz que eles atravessaram o mar da Galiléia até que encontraram Jesus.
Quando perguntam a Jesus: Quando foi que o Senhor chegou aqui? Jesus respondeu: Vós me procurais, não por que vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Este é o ser humano, jamais perde a oportunidade para a cobiça. Naquele tempo ter comida era mais complexo. Armazenar, comprar, plantar e colher, tudo dava muito trabalho e ter alguém que pudesse dar alimento sem esforço. Um homem que pode alimentar uma multidão com 5 pães e dois peixes pode fazer muito mais, pode nos saciar para o resto da vida.
Mas Jesus chama a atenção para outra coisa. Claro que pela graça de Deus o homem recebe diariamente as bênçãos que o mantém vivo fisicamente, isto Deus o homem recebeu abundantemente já na criação. Como diz em Gn 1. 28-30. Ora, aqui Deus já deu ao homem todo o necessário para a vida. E dá a todos bons e maus, e ainda dá condições para o homem criar e fazer seus desejos, como construir uma casa, um automóvel, etc. Mas este não é o foco de Jesus. Aquilo que eles vieram buscar de Jesus é somente pão. O cacetinho, pão frances de um dia pro outro já perde seu valor. Não foi para isto que Jesus deu seu corpo e sangue. Para dar aos homens um pão que apodrece e acaba.
Mas Jesus chama atenção para outro alimento, algo muito mais valioso. Uma comida que subsiste para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Aqui chegamos ao foco de Jesus. Somente o Filho do homem vos dará, aquele que foi marcado com o selo do Pai. Mais uma vez Jesus afirma que há somente um que pode dar este pão, não há outra fonte, não há outro que dará o pão. Jesus é o Filho do homem. Jesus é o que dá o pão da vida.
Mais uma vez perguntam a Jesus: Que faremos para realizar as obras de Deus? Assim é o ser humano, inseguro, acreditando que precisa fazer algo para receber o alimento, acreditando que sua vida depende de si mesmo. Jesus responde: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que por ele foi enviado. Jesus. Ele é o alimento, ele é aquele que mata a fome eternamente. Aquele que crê em Cristo já tem tudo, não precisa mais procurar por pão. Cristo nos dá a vida. Não precisamos trabalhar para conseguir este pão da vida. Como diz Walther: Somos justificados por Deus pelo que recebemos de Deus.
Como o maná dava a vida ao povo no meio do deserto, assim Cristo desde do céu para dar vida ao mundo. Não precisamos mais ter medo do outro dia, pois sempre terá o maná pela manhã. Aquele que come do pão da vida jamais terá fome novamente. Vivemos dificuldades e sofremos muito e um dia teremos que passar pela morte física, quando nenhuma comida que temos poderá nos dar vida. Mas Cristo entrega este alimento para nós, alimento que nos dá a vida eterna e que ressuscitará este corpo mortal. Já vivemos a vida eterna. Desde o nosso batismo Deus nos empanturrou de pão da vida e nos deixa sentir com os lábios na santa ceia, onde recebemos a vida conquistada por Cristo.
Assim como nós aqui no Seminário ou aquele pessoal na África, que não passamos de alguns dias sem pão, muito menos seríamos sem Cristo, não haveria chance alguma. Mas Deus por amor a nós supriu a maior necessidade que tínhamos, a vida eterna, pela morte e ressurreição de Cristo. Ainda iremos passar por fomes e dificuldades, mas o maná, o pão da vida que desde dos céus, está na nossa portas todas as manhãs, grande é a misericórdia de Deus, o Senhor.
Aluno: Gabriel Sonntag, quarto ano teológico, Seminário Concórdia.
Falar de pão em um seminário onde estamos protegidos também da fome, talvez seja um pouco complexo. Os alunos estão sempre em busca de perder peso e vão jogar campão, correr na frente da BR ou tentar algumas dietas malucas que ninguém cumpre mais do que uma semana. Com certeza aqui dentro somos bons de garfo, é só passar no refeitório ao meio dia e todos verão o que eu estou falando.
Infelizmente há alguns lugares em que isso não acontece da mesma maneira. Na África por exemplo é comum ver lugares onde a sobrevivência de alguns povos depende de doações e mantimentos que são guardados por seguranças armados. Certa vez um brasileiro, que visitava um desses lugares perguntou: Porque uma arma tão forte para guardar comida? O segurança respondeu: O senhor não conhece o poder da fome.
Neste relato que João nos traz Jesus está diante de uma situação que envolve alimento. O texto que antecede este relato é o da multiplicação de pães e peixes em que Jesus alimenta uma grande multidão. Alguns que estavam naquele dia foram atrás de Jesus e por alguns dias procuraram por ele. O texto diz que eles atravessaram o mar da Galiléia até que encontraram Jesus.
Quando perguntam a Jesus: Quando foi que o Senhor chegou aqui? Jesus respondeu: Vós me procurais, não por que vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Este é o ser humano, jamais perde a oportunidade para a cobiça. Naquele tempo ter comida era mais complexo. Armazenar, comprar, plantar e colher, tudo dava muito trabalho e ter alguém que pudesse dar alimento sem esforço. Um homem que pode alimentar uma multidão com 5 pães e dois peixes pode fazer muito mais, pode nos saciar para o resto da vida.
Mas Jesus chama a atenção para outra coisa. Claro que pela graça de Deus o homem recebe diariamente as bênçãos que o mantém vivo fisicamente, isto Deus o homem recebeu abundantemente já na criação. Como diz em Gn 1. 28-30. Ora, aqui Deus já deu ao homem todo o necessário para a vida. E dá a todos bons e maus, e ainda dá condições para o homem criar e fazer seus desejos, como construir uma casa, um automóvel, etc. Mas este não é o foco de Jesus. Aquilo que eles vieram buscar de Jesus é somente pão. O cacetinho, pão frances de um dia pro outro já perde seu valor. Não foi para isto que Jesus deu seu corpo e sangue. Para dar aos homens um pão que apodrece e acaba.
Mas Jesus chama atenção para outro alimento, algo muito mais valioso. Uma comida que subsiste para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Aqui chegamos ao foco de Jesus. Somente o Filho do homem vos dará, aquele que foi marcado com o selo do Pai. Mais uma vez Jesus afirma que há somente um que pode dar este pão, não há outra fonte, não há outro que dará o pão. Jesus é o Filho do homem. Jesus é o que dá o pão da vida.
Mais uma vez perguntam a Jesus: Que faremos para realizar as obras de Deus? Assim é o ser humano, inseguro, acreditando que precisa fazer algo para receber o alimento, acreditando que sua vida depende de si mesmo. Jesus responde: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que por ele foi enviado. Jesus. Ele é o alimento, ele é aquele que mata a fome eternamente. Aquele que crê em Cristo já tem tudo, não precisa mais procurar por pão. Cristo nos dá a vida. Não precisamos trabalhar para conseguir este pão da vida. Como diz Walther: Somos justificados por Deus pelo que recebemos de Deus.
Como o maná dava a vida ao povo no meio do deserto, assim Cristo desde do céu para dar vida ao mundo. Não precisamos mais ter medo do outro dia, pois sempre terá o maná pela manhã. Aquele que come do pão da vida jamais terá fome novamente. Vivemos dificuldades e sofremos muito e um dia teremos que passar pela morte física, quando nenhuma comida que temos poderá nos dar vida. Mas Cristo entrega este alimento para nós, alimento que nos dá a vida eterna e que ressuscitará este corpo mortal. Já vivemos a vida eterna. Desde o nosso batismo Deus nos empanturrou de pão da vida e nos deixa sentir com os lábios na santa ceia, onde recebemos a vida conquistada por Cristo.
Assim como nós aqui no Seminário ou aquele pessoal na África, que não passamos de alguns dias sem pão, muito menos seríamos sem Cristo, não haveria chance alguma. Mas Deus por amor a nós supriu a maior necessidade que tínhamos, a vida eterna, pela morte e ressurreição de Cristo. Ainda iremos passar por fomes e dificuldades, mas o maná, o pão da vida que desde dos céus, está na nossa portas todas as manhãs, grande é a misericórdia de Deus, o Senhor.
Aluno: Gabriel Sonntag, quarto ano teológico, Seminário Concórdia.